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MULHERES, REVOLUÇÃO E HISTÓRIA: não há luta sem o protagonismo feminino!

Em 1884, Susan B. Anthony solicita ao Comitê de Justiça da Câmara dos Representantes (dos EUA) que seja feita uma emenda constitucional para garantir o direito de voto às mulheres. Em 1909 o Partido Socialista da América organizou em 20 de Fevereiro, em NY, uma jornada de manifesta


ções pela igualdade de direitos civis e em favor do voto feminino. Tática política que passa a ser repetida nos anos subsequentes por várias partes do país e da Europa.


Em 1910, em Copenhague, durante a Conferência de Mulheres da II Internacional Socialista, a alemã Clara Zetkin sugere que passe a ser celebrado anualmente, sem que no entanto fosse determinada uma data. A partir de 1913 as mulheres na Rússia (ainda imperial e de organização feudal) passam a celebrar a data em manifestações públicas no último domingo de Fevereiro (segundo o calendário Juliano).



23 de Fevereiro de 1917 (calendário Juliano) as mulheres russas, em Petrogrado, organizam uma grande passeata em protesto contra a carestia, o desemprego, a deterioração geral das condições de vida e ao envolvimento do Império na I Guerra Mundial, somando-se assim ao conjunto de eventos que desencadearam a Revolução de Fevereiro que culminou na queda do Czarismo.


O fim do mês de Fevereiro e início de Março (variando segundo calendários diferentes) é escolhido para celebrar essa data em referência ao início da Comuna de Paris. Percebemos que o Dia Internacional das Mulheres é uma data política que soma as pautas sufragistas pelo direito ao voto com às lutas sociais contra a exploração capitalista.




A luta contra o patriarcado (a organização social baseada na sujeição e subjugação das mulheres) se dá desde que este se instalou como modelo social ainda na Mesopotâmia juntamente com o nascimento do Estado.


Várias mulheres se destacaram desde então nessa luta por todo o mundo e suas sociedades, dando seu exemplo e testemunho de um outro mundo possível para todas as pessoas: Aspásia na Grécia Antiga, Aysha no mundo feudal


mulçumano, Olympe De Gourges e sua Declaração Universal dos Direitos das Mulheres e Cidadãs, denunciando a desigualdade da Revolução Francesa (e acaba decapitada por isso), Mary Worstonecraft na Inglaterra do século XVIII, Nísia Floresta no Brasil do século XIX. A organização feminina foi fundamental para as Revoluções Zapatistas (1994) e Curda (2012), que seguem vivas como exemplos de sociedades libertárias horizontalizadas sem hierarquias de gênero, raça, etnia, classe ou idade.


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