Há exatos 49 anos era derrubado o governo de cunho socialista, democraticamente eleito, de Salvador Allende. O Golpe patrocinado pelo imperialismo estadunidense e operacionalizado pela burguesia e pelas camadas médias da sociedade chilena, mergulhou nossos “hermanos” na mais cruel ditadura do continente. Perseguição, genocídio e neoliberalismo, como face de uma ditadura extremamente assassina.
O Golpe de Santiago nos trás uma série de ensinamentos ao movimento revolucionário que muitos companheiros, inclusive no Brasil, insistem em ignorar como:
1- A tomada do Estado seja ela violenta ou não, por si só não garante a emancipação dos oprimidos e nem os protege contra a reação do capital; 2- A mobilização popular e a violência organizada são as únicas ferramentas que a classe trabalhadora possui para barrar as armas do imperialismo e o espirito golpista das classes dominantes e; 3- Processos eleitorais, ainda que favoráveis a classe trabalhadora, não garantem a transformação da realidade e são vulneráveis a atos golpistas da burguesia.
Vejamos então: o que o Golpe no Chile tem a ver com o Brasil após 40 anos? Ora, tudo! Honrar a memória de companheiros que pereceram frente à ditadura do capital é legítimo. Ao passo que, resgatar o caráter reflexivo que este evento histórico nos fornece é fundamental.
Há menos de um mês para o pleito presidencial e na efervescência do movimento bolsonarista, vemos diversos agentes políticos apostando na institucionalidade como instrumento de combate ao fascismo. E o pior, acreditam que um programa de governo nitidamente conciliador levará a melhoria das condições de nosso povo. É preciso que se diga: A luta de classes não reconhece resultados eleitorais, programas conciliadores não emancipam o povo e institucionalidade não combate o fascismo.
Apenas com o povo organizado e nas ruas se "salva" o povo. Apostar em um caminho combativo e fora das instituições é a única decisão possível para aqueles que se comprometem com uma luta anti capitalista, anti imperialista e antifascista. Não entender isso é possibilitar que novos golpes, ditaduras e derrotas assombrem nosso continente.
Allende com uma plataforma socialista pereceu! Alguém acha que com um plano conciliador e exposto as agressões bolsonaristas conseguiremos a vitória? É evidente que não! Entender isso é o primeiro passo para avançar rumo a derrota efetiva do bolsonarismo e a libertação popular da exploração capitalista
VIVA A REVOLTA POPULAR! SO O POVO SALVA O POVO! ORGANIZE-SE
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